Conheça a nova plataforma da Linux Foundation para IA generativa

Bem-vindos ao Diolinux News! Nesta semana, trazemos mais novidades sobre a interface Cosmic, melhorias no APT para usuários de Debian e Ubuntu, uma nova plataforma da Linux Foundation para IA generativa e muito mais!

Nova plataforma da Linux Foundation para IA generativa

A Linux Foundation lançou a Open Platform for Enterprise AI, uma iniciativa para incentivar empresas a desenvolver ferramentas de inteligência artificial generativa com código aberto. Grandes empresas como Intel, Hugging Face, MariaDB, Red Hat e VMWare já fazem parte dessa iniciativa.

Antigo desenvolvedor do Nouveau envia patch como funcionário da NVIDIA

Ben Skeggs, ex-desenvolvedor do driver Nouveau, enviou um grande patch usando o e-mail corporativo da NVIDIA, indicando que agora está trabalhando na empresa em código para o driver open source.

Novo Firefox 125

A versão 125 do Firefox traz suporte para o codec AV1, um novo formato de vídeo totalmente aberto, sem a necessidade de pagar licenças. Agora, o navegador poderá utilizar o codec AV1 em serviços como Netflix e YouTube.

Novo APT 3.0

O APT 3.0, gerenciador de pacotes do Debian, chegará em breve com uma nova exibição em colunas, suporte para cores e uma nova barra de progresso.

Novidades do Cosmic

A System76 anunciou mais novidades para o Cosmic, incluindo a possibilidade de customização da interface para aplicativos GTK 3, 4 e distribuídos via flatpak, além de implementar a área de teclado nas configurações.

Emuladores no iOS

A loja da Apple começou a permitir emuladores de jogos, como o Delta e o Provenance, para consoles antigos da Nintendo, PS1 e Sega Saturn.

Ubuntu 24.04 terá suporte para imagens HEIC

A próxima versão do Ubuntu terá suporte nativo para visualizar imagens em HEIC, um formato popular entre os usuários de iOS.

Team Fortress 2 64bit

O jogo Team Fortress 2 recebeu suporte para 64 bits e para Vulkan no Linux, o que representa um ganho de desempenho para a maioria dos usuários.

Jogo em promoção da semana

O jogo Sekiro está com 50% de desconto no Steam e roda no Linux através do Proton, com ranking Platina no ProtonDB.

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Sistema operacional de realidade virtual da Meta é aberto a outros fabricantes

A Meta está demonstrando interesse em expandir ainda mais sua presença no mercado de dispositivos de realidade virtual, ao começar a disponibilizar seu sistema operacional, Meta Horizon OS, para outros fabricantes de dispositivos. O que podemos esperar dessa iniciativa?

A concorrência atinge outro patamar

Embora o entusiasmo em relação ao Apple Vision Pro pareça ter diminuído para muitas pessoas, relatos de usuários indicam que a solução da Apple é de fato mais robusta e poderosa do que o Meta Quest, porém, seu preço é significativamente mais elevado. Por outro lado, o Meta Quest é elogiado pela ampla variedade de aplicativos e jogos disponíveis.

No entanto, a Meta está buscando elevar seu ecossistema a um novo nível, abrindo seu sistema operacional para outros fabricantes. Considerando que a Meta nunca teve um foco tão forte na criação e venda de hardware, a parceria com fabricantes mais experientes pode resultar em produtos ainda mais “premium”.

O Meta Horizon OS é um sistema operacional baseado no Android, o que facilita o desenvolvimento de novas aplicações para ele. Ele inclui tecnologias como compreensão de cenários e âncoras espaciais, o que auxilia o uso em realidade mista. Os aplicativos são distribuídos pela Meta Horizon Store, uma loja própria.

Atualmente, apenas algumas fabricantes estabeleceram parceria com a Meta para a produção de produtos de realidade virtual com o Meta Horizon OS, são elas:

– ASUS Republic of Gamers, que pretende lançar um novo headset gamer;
– Lenovo, que está co-produzindo uma nova edição do Oculus Rift S;
– Xbox, que já está oferecendo uma versão beta do Xbox Cloud Gaming, que basicamente gera uma tela 2D no Meta Quest, permitindo que o usuário jogue Xbox em qualquer lugar, sem depender de uma tela real.

Além disso, no anúncio sobre a abertura do Meta Horizon OS, mencionam que estão abertos para outros desenvolvedores trazerem suas próprias lojas de aplicativos, citando a possibilidade do Google trazer a Play Store, com todos os aplicativos 2D do Android.

Também estão desenvolvendo um novo framework espacial para auxiliar os desenvolvedores acostumados com aplicativos móveis a criar experiências de realidade mista, utilizando os conhecimentos em engenharia de software que já possuem.

Com isso, vemos a Meta buscando que seu sistema operacional seja para o Vision Pro o que o Android é para o iPhone, ou seja, uma alternativa mais aberta, disponível para múltiplos fabricantes.

Será que os óculos de realidade virtual “farão a cabeça do público”? Colocar um acessório sobre a cabeça que toma toda a visão gera mais atrito do que andar por aí com um smartphone no bolso. Compartilhe sua opinião nos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus!

Firefox está refazendo o gerador de relatórios de erros em Rust

A Mozilla está reformulando o gerador de relatórios de erros do navegador Firefox, apesar de não querer que os usuários percebam a mudança. O novo sistema está sendo escrito em Rust e terá três modelos de interface para se adaptar aos diferentes sistemas operacionais. A intenção é que os usuários não percebam a diferença na aparência, mas recebam relatórios mais completos e detalhados. O desenvolvimento ainda não tem previsão de conclusão ou distribuição junto ao Mozilla Firefox.

Audacity 3.5 traz salvamento na nuvem

O Audacity 3.5, em seu mais recente lançamento, apresenta novos recursos e elimina outros, com o objetivo de simplificar a experiência dos usuários. O destaque fica por conta da capacidade de salvar arquivos diretamente na nuvem, através da plataforma audio.com, facilitando o trabalho colaborativo e a manutenção de diferentes versões dos arquivos. Além disso, o editor de áudio traz um novo detector automático de tempo para loops importados e a possibilidade de alterar o tom de um clipe de áudio de forma não destrutiva. Por outro lado, algumas ferramentas foram removidas, como opções de impressão, ferramenta de captura de tela, visualização de karaoke, entre outras. O efeito “Vocal reduction and isolation” foi substituído pelo plugin Intel OpenVINO. Para mais detalhes sobre as novidades, é possível conferir a página de notas de lançamento. A atualização estará disponível nos repositórios de distribuição de acordo com o cronograma estabelecido, e os interessados em testar o Audacity 3.5 podem baixá-lo na página oficial do GitHub.

Endeavour OS Gemini permite escolher entre X11 e Wayland

Equipe do Endeavour OS anuncia nova imagem de instalação chamada Gemini, baseada no Arch Linux e voltada para facilitar a instalação diretamente pela interface gráfica, com opções de ambiente desktop durante o processo. A edição marca a transição do sistema do X11 para o Wayland, e traz atualizações importantes nos pacotes, incluindo o KDE Plasma 6 e o Qt6. A distro já está disponível para download no site do projeto.

Propaganda no Windows 11, sem LoL no Linux, pinguim cresce e mais!

Bem-vindos ao Diolinux News!

Aqui estão algumas das histórias mais importantes desta semana.

Propaganda no Windows 11

No Windows 11, parece que será introduzida a exibição de aplicativos da loja do Windows na seção “Recomendados” do menu iniciar, o que antes não estava presente. A Microsoft está coletando feedback dos usuários sobre essa mudança.

Aumento do número de usuários domésticos do Linux

O uso do Linux em computadores domésticos tem crescido, de acordo com dados do site Statcounter. O sistema operacional agora detém 4.05% de participação de mercado, um aumento significativo em relação aos 2.91% em janeiro do ano passado.

Fim do suporte do League of Legends no Linux

A Riot anunciou que o League of Legends passará a utilizar o Vanguard como anticheat, o que torna a execução do jogo em sistemas Linux incompatível. A opção para jogar o LoL no Linux será limitada, e a alternativa será utilizar um dual-boot com Windows.

Parceria entre Ubuntu e Qualcomm

A Canonical anunciou uma parceria com a Qualcomm para otimizar versões do Ubuntu e Ubuntu Core para dispositivos da Qualcomm, com suporte garantido de 10 anos.

Google libera código de algumas ferramentas de IA

O Google disponibilizou algumas ferramentas de inteligência artificial como software de código aberto no GitHub, permitindo que desenvolvedores as utilizem em seus aplicativos.

Vulnerabilidade em NAS da D-Link

Alguns modelos de NAS da D-Link estão vulneráveis devido à presença de um backdoor que os expõe a ataques. A D-Link informou que esses modelos não receberão atualizações de firmware para corrigir a vulnerabilidade, e recomenda que os proprietários adquiram dispositivos com suporte ativo.

Saints Row IV Re-Elected em promoção

O jogo Saints Row IV Re-Elected está com 75% de desconto no Steam, saindo por 25 reais, e possui versões nativas para Windows e Linux.

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Navegadores de internet tem brecha de dados pela GPU via WebGPU

Lembra-se da época em que o ápice da navegação pela internet era o Flash? Quando morreu, muitos se questionaram o que seria dos web apps e dos jogos pelo navegador. Atualmente, praticamente qualquer aplicação pode rodar via navegador, sendo possível acessar até mesmo sistemas operacionais completos hospedados em algum servidor. Com isso, precisaram construir vias de acesso ao hardware do computador pelo navegador de internet, atualmente o meio mais popular para acessar a GPU é o WebGL, mas ele está sendo substituído pelo WebGPU.

O WebGPU é muito mais eficiente e poderoso do que o WebGL, entretanto, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Graz encontraram brechas que permitem roubar dados graças a falta de barreiras de acesso entre o WebGPU e a placa de vídeo. Atualmente, os principais navegadores do mercado possuem suporte, ao menos inicial, ao WebGPU.

Como funciona o ataque à GPU

Para elaborar a pesquisa, a equipe utilizou placas de vídeo NVIDIA GTX da série 1000, além das RTX série 2000, 3000 e 4000, assim como placas AMD RX série 6000. Eles constataram que conseguem roubar dados sem a necessidade do usuário interagir com o site malicioso, numa velocidade compatível com hábitos padrão de quem navega pela internet.

Para isso, utilizaram o acesso ao cache de memória do computador disponível ao WebGPU, que servem originalmente para acesso rápido a dados compartilhados entre CPU e GPU.

Dessa forma, conseguiram estabelecer um meio de interceptar dados trafegados pelo cache, inclusive aqueles não relacionados à navegação pela internet, transferindo a servidores externos numa velocidade de 10,9 kbps, rápido o bastante para informações curtas.

O mais grave, é que conseguiram capturar chaves de criptografia AES, um dos mais populares. Com estas chaves, os atacantes podem potencialmente acessar contas virtuais e capturar mensagens, mesmo após perder acesso ao computador da vítima.

Eles reconhecem que fora de um ambiente controlado, o ataque que desenvolveram perde consideravelmente a eficácia, devido à grande quantidade de dados que trafegam paralelamente no cache e a rapidez com que são apagados, ainda assim, a técnica poderia ser trabalhada para ficar mais robusta.

A recomendação que os pesquisadores fazem é para os desenvolvedores dos navegadores tratarem o acesso a GPU da mesma forma como já ocorre com outros recursos que podem comprometer a segurança e a privacidade. Ou seja, mantendo isolado, conforme o nível de permissão dado pelo usuário.

NixOS mais FreeBSD resulta em NixBSD

No mundo do open source, as possibilidades são infinitas, afinal, tudo pode ser utilizado como peças para criar algo novo. A novidade da vez é a união entre o Nix OS com o FreeBSD, resultando em um novo sistema operacional chamado NixBSD.

O FreeBSD é outro sistema baseado em Unix, diferente do Linux, com uma licença ainda mais aberta para usos comerciais. Tanto que é utilizado como base para o macOS e sistemas operacionais de consoles de videogame.

Enquanto isso, o NixOS é uma distribuição Linux imutável baseada no gerenciador de pacotes Nix, com uma abordagem extremamente modular, facilitando a compatibilidade de softwares.

Segundo os desenvolvedores do NixBSD, o sistema se trata de “um sistema BSD reprodutível e declarável baseado no NixOS. Embora muito do foco seja permitir copiar e construir sobre outros BSDs, até então a maioria do trabalho tem sido específico para o FreeBDS”.

Até então, o projeto do NixBSD possui três repositórios principais:

nix, um fork do gerenciador de pacotes Nix, com modificações para rodar no FreeBSD;

nixpkgs, um fork para o Nix Packages, que trabalha com o FreeBSD e já provê acesso a mais de 80 mil pacotes que podem ser instalados utilizando o nix;

NixBSD, o repositório principal, um local para construir variações do NixOS com o kernel do FreeBSD.

Ainda em estágio inicial de desenvolvimento, o NixBSD não se encontra adequado para utilizar como sistema de produção, mas parece um projeto promissor, ampliando ainda mais as possibilidades sobre o que podemos fazer com o BSD.

É interessante observar que a transição de pacotes do NixOS para o NixBSD não é apenas uma questão tecnológica, mas também legal, diversos módulos do nixpkgs permanecem sob licença MIT.

Além disso, a mudança envolve muita reorganização e mudanças nos init systems, com tanto trabalho a fazer, pode demorar para vermos uma versão final da distro.

Godot quer começar a embarcar em aplicativos

Uma das engines de jogos mais populares, o Godot, tem o código aberto, o que significa que suas mudanças não dependem de uma única empresa, mas do esforço da comunidade, embora tenha uma equipe de desenvolvimento principal. Um dos contribuidores deseja permitir a inclusão de cenas feitas no Godot em aplicativos, ampliando consideravelmente as possibilidades.

Atualmente, o Godot não possui uma boa integração com aplicações que não tenham sido totalmente criadas pela engine. Basicamente, o máximo que conseguem fazer é inserir um jogo completo para ser lançado por outro aplicativo, ou seja, um lançador.

Novas funcionalidades para o Godot

Miguel de Icaza, desenvolvedor membro da equipe do GNOME, compartilhou em seu blog que desde 2013 almeja aumentar a integração do Godot com aplicativos desenvolvidos fora da engine.

Recentemente, ele alcançou um grande feito ao conseguir compilar o software de criação de jogos do Godot para rodar em um iPad e ainda adaptar a interface para uma melhor usabilidade com tela sensível ao toque no formato do dispositivo da Apple.

Agora, ele enviou um pedido de alteração para o código-fonte do Godot, visando abrir espaço para a integração de cenas independentes criadas pelo Godot em aplicativos desenvolvidos por outras vias.

Embora Miguel de Icaza não tenha discutido a aplicabilidade, é possível especular algumas possibilidades. Ao abrir o Godot para integração com outros aplicativos, poderíamos criar softwares com elementos interativos tridimensionais divertidos, sem necessariamente serem jogos. Além disso, com a crescente demanda por gamificação, facilitaria tornar aplicativos educacionais em produtos mais divertidos.

Ainda existem jogos baseados em menus com algumas cenas em 3D, geralmente baseados em mecânicas de RPG ou gerenciamento de recursos, que poderiam ser ainda mais leves e com mais possibilidades se construídos em um mix de aplicativo + Godot.

As possibilidades se tornam infinitas, conseguimos até imaginar back-ends mais complexos feitos com outras linguagens rodando por trás e interligando uma série de cenas fragmentadas feitas pelo Godot, compondo jogos mais complexos e variados do que os típicos jogos de plataforma, que são a especialidade da engine.

Caso a equipe principal de desenvolvimento do Godot aceite o pedido de alteração de Miguel, o próximo passo do desenvolvedor será permitir a integração com a linguagem Swift por meio de seu software SwiftGodotKit. Isso abrirá precedente para a integração com outras linguagens de programação.

Medium não recompensará conteúdo feito por inteligência artificial

A plataforma de publicação de conteúdo escrito, Medium, está ganhando ainda mais popularidade devido ao seu programa de parceiros, onde escritores conseguem ganhar dinheiro com seus artigos. Com o avanço das inteligências artificiais, a criação de conteúdos, mesmo que irrelevantes, tornou-se automática, e o Medium decidiu não recompensar mais esse tipo de publicação.

De acordo com o Medium, conteúdos gerados por IA não terão paywall (acesso exclusivo para pagantes) ou qualquer forma de monetização na plataforma. Além disso, os membros que publicarem esse tipo de conteúdo poderão ser excluídos do programa de parceria.

A plataforma destacou que é destinada a histórias feitas por humanos e não por inteligência artificial. Portanto, definiu políticas específicas para o uso de conteúdo gerado por IA dentro do programa de parceria. No entanto, reconhece que as inteligências artificiais podem auxiliar na escrita, principalmente em idiomas estrangeiros, portanto, o banimento se aplica apenas a conteúdos produzidos exclusivamente por IA.

A nova regra também exige que os escritores que utilizarem IA para redigir devem informar no início do texto, além de se estender a imagens feitas por IA. A publicação de conteúdos feitos por IA em blogs pessoais ainda é possível, mas com alcance e compartilhamento restritos.

Essa medida tem como objetivo criar um ambiente onde os leitores possam ter a certeza de que estão consumindo conteúdos genuinamente criados por humanos. No entanto, não se sabe ainda como essa detecção será efetuada, o que levanta questões sobre a possibilidade de uma “guerra de IAs” para tentar burlar essa detecção.

Além disso, foi mencionado que o Google adotou uma estratégia semelhante, alertando os usuários da plataforma Merchant Center sobre a marcação de anúncios feitos por inteligência artificial, visando informar os usuários sobre a origem desses conteúdos e evitar a propagação de informações imprecisas.

E você, qual é a sua opinião sobre conteúdo gerado por IA? Você se incomoda em ler textos que não foram feitos por humanos? Compartilhe sua opinião nos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus, um ambiente genuinamente humano.