Firefox está refazendo o gerador de relatórios de erros em Rust

A Mozilla está reformulando o gerador de relatórios de erros do navegador Firefox, apesar de não querer que os usuários percebam a mudança. O novo sistema está sendo escrito em Rust e terá três modelos de interface para se adaptar aos diferentes sistemas operacionais. A intenção é que os usuários não percebam a diferença na aparência, mas recebam relatórios mais completos e detalhados. O desenvolvimento ainda não tem previsão de conclusão ou distribuição junto ao Mozilla Firefox.

Audacity 3.5 traz salvamento na nuvem

O Audacity 3.5, em seu mais recente lançamento, apresenta novos recursos e elimina outros, com o objetivo de simplificar a experiência dos usuários. O destaque fica por conta da capacidade de salvar arquivos diretamente na nuvem, através da plataforma audio.com, facilitando o trabalho colaborativo e a manutenção de diferentes versões dos arquivos. Além disso, o editor de áudio traz um novo detector automático de tempo para loops importados e a possibilidade de alterar o tom de um clipe de áudio de forma não destrutiva. Por outro lado, algumas ferramentas foram removidas, como opções de impressão, ferramenta de captura de tela, visualização de karaoke, entre outras. O efeito “Vocal reduction and isolation” foi substituído pelo plugin Intel OpenVINO. Para mais detalhes sobre as novidades, é possível conferir a página de notas de lançamento. A atualização estará disponível nos repositórios de distribuição de acordo com o cronograma estabelecido, e os interessados em testar o Audacity 3.5 podem baixá-lo na página oficial do GitHub.

Endeavour OS Gemini permite escolher entre X11 e Wayland

Equipe do Endeavour OS anuncia nova imagem de instalação chamada Gemini, baseada no Arch Linux e voltada para facilitar a instalação diretamente pela interface gráfica, com opções de ambiente desktop durante o processo. A edição marca a transição do sistema do X11 para o Wayland, e traz atualizações importantes nos pacotes, incluindo o KDE Plasma 6 e o Qt6. A distro já está disponível para download no site do projeto.

Propaganda no Windows 11, sem LoL no Linux, pinguim cresce e mais!

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Aqui estão algumas das histórias mais importantes desta semana.

Propaganda no Windows 11

No Windows 11, parece que será introduzida a exibição de aplicativos da loja do Windows na seção “Recomendados” do menu iniciar, o que antes não estava presente. A Microsoft está coletando feedback dos usuários sobre essa mudança.

Aumento do número de usuários domésticos do Linux

O uso do Linux em computadores domésticos tem crescido, de acordo com dados do site Statcounter. O sistema operacional agora detém 4.05% de participação de mercado, um aumento significativo em relação aos 2.91% em janeiro do ano passado.

Fim do suporte do League of Legends no Linux

A Riot anunciou que o League of Legends passará a utilizar o Vanguard como anticheat, o que torna a execução do jogo em sistemas Linux incompatível. A opção para jogar o LoL no Linux será limitada, e a alternativa será utilizar um dual-boot com Windows.

Parceria entre Ubuntu e Qualcomm

A Canonical anunciou uma parceria com a Qualcomm para otimizar versões do Ubuntu e Ubuntu Core para dispositivos da Qualcomm, com suporte garantido de 10 anos.

Google libera código de algumas ferramentas de IA

O Google disponibilizou algumas ferramentas de inteligência artificial como software de código aberto no GitHub, permitindo que desenvolvedores as utilizem em seus aplicativos.

Vulnerabilidade em NAS da D-Link

Alguns modelos de NAS da D-Link estão vulneráveis devido à presença de um backdoor que os expõe a ataques. A D-Link informou que esses modelos não receberão atualizações de firmware para corrigir a vulnerabilidade, e recomenda que os proprietários adquiram dispositivos com suporte ativo.

Saints Row IV Re-Elected em promoção

O jogo Saints Row IV Re-Elected está com 75% de desconto no Steam, saindo por 25 reais, e possui versões nativas para Windows e Linux.

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Navegadores de internet tem brecha de dados pela GPU via WebGPU

Lembra-se da época em que o ápice da navegação pela internet era o Flash? Quando morreu, muitos se questionaram o que seria dos web apps e dos jogos pelo navegador. Atualmente, praticamente qualquer aplicação pode rodar via navegador, sendo possível acessar até mesmo sistemas operacionais completos hospedados em algum servidor. Com isso, precisaram construir vias de acesso ao hardware do computador pelo navegador de internet, atualmente o meio mais popular para acessar a GPU é o WebGL, mas ele está sendo substituído pelo WebGPU.

O WebGPU é muito mais eficiente e poderoso do que o WebGL, entretanto, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Graz encontraram brechas que permitem roubar dados graças a falta de barreiras de acesso entre o WebGPU e a placa de vídeo. Atualmente, os principais navegadores do mercado possuem suporte, ao menos inicial, ao WebGPU.

Como funciona o ataque à GPU

Para elaborar a pesquisa, a equipe utilizou placas de vídeo NVIDIA GTX da série 1000, além das RTX série 2000, 3000 e 4000, assim como placas AMD RX série 6000. Eles constataram que conseguem roubar dados sem a necessidade do usuário interagir com o site malicioso, numa velocidade compatível com hábitos padrão de quem navega pela internet.

Para isso, utilizaram o acesso ao cache de memória do computador disponível ao WebGPU, que servem originalmente para acesso rápido a dados compartilhados entre CPU e GPU.

Dessa forma, conseguiram estabelecer um meio de interceptar dados trafegados pelo cache, inclusive aqueles não relacionados à navegação pela internet, transferindo a servidores externos numa velocidade de 10,9 kbps, rápido o bastante para informações curtas.

O mais grave, é que conseguiram capturar chaves de criptografia AES, um dos mais populares. Com estas chaves, os atacantes podem potencialmente acessar contas virtuais e capturar mensagens, mesmo após perder acesso ao computador da vítima.

Eles reconhecem que fora de um ambiente controlado, o ataque que desenvolveram perde consideravelmente a eficácia, devido à grande quantidade de dados que trafegam paralelamente no cache e a rapidez com que são apagados, ainda assim, a técnica poderia ser trabalhada para ficar mais robusta.

A recomendação que os pesquisadores fazem é para os desenvolvedores dos navegadores tratarem o acesso a GPU da mesma forma como já ocorre com outros recursos que podem comprometer a segurança e a privacidade. Ou seja, mantendo isolado, conforme o nível de permissão dado pelo usuário.

NixOS mais FreeBSD resulta em NixBSD

No mundo do open source, as possibilidades são infinitas, afinal, tudo pode ser utilizado como peças para criar algo novo. A novidade da vez é a união entre o Nix OS com o FreeBSD, resultando em um novo sistema operacional chamado NixBSD.

O FreeBSD é outro sistema baseado em Unix, diferente do Linux, com uma licença ainda mais aberta para usos comerciais. Tanto que é utilizado como base para o macOS e sistemas operacionais de consoles de videogame.

Enquanto isso, o NixOS é uma distribuição Linux imutável baseada no gerenciador de pacotes Nix, com uma abordagem extremamente modular, facilitando a compatibilidade de softwares.

Segundo os desenvolvedores do NixBSD, o sistema se trata de “um sistema BSD reprodutível e declarável baseado no NixOS. Embora muito do foco seja permitir copiar e construir sobre outros BSDs, até então a maioria do trabalho tem sido específico para o FreeBDS”.

Até então, o projeto do NixBSD possui três repositórios principais:

nix, um fork do gerenciador de pacotes Nix, com modificações para rodar no FreeBSD;

nixpkgs, um fork para o Nix Packages, que trabalha com o FreeBSD e já provê acesso a mais de 80 mil pacotes que podem ser instalados utilizando o nix;

NixBSD, o repositório principal, um local para construir variações do NixOS com o kernel do FreeBSD.

Ainda em estágio inicial de desenvolvimento, o NixBSD não se encontra adequado para utilizar como sistema de produção, mas parece um projeto promissor, ampliando ainda mais as possibilidades sobre o que podemos fazer com o BSD.

É interessante observar que a transição de pacotes do NixOS para o NixBSD não é apenas uma questão tecnológica, mas também legal, diversos módulos do nixpkgs permanecem sob licença MIT.

Além disso, a mudança envolve muita reorganização e mudanças nos init systems, com tanto trabalho a fazer, pode demorar para vermos uma versão final da distro.

Godot quer começar a embarcar em aplicativos

Uma das engines de jogos mais populares, o Godot, tem o código aberto, o que significa que suas mudanças não dependem de uma única empresa, mas do esforço da comunidade, embora tenha uma equipe de desenvolvimento principal. Um dos contribuidores deseja permitir a inclusão de cenas feitas no Godot em aplicativos, ampliando consideravelmente as possibilidades.

Atualmente, o Godot não possui uma boa integração com aplicações que não tenham sido totalmente criadas pela engine. Basicamente, o máximo que conseguem fazer é inserir um jogo completo para ser lançado por outro aplicativo, ou seja, um lançador.

Novas funcionalidades para o Godot

Miguel de Icaza, desenvolvedor membro da equipe do GNOME, compartilhou em seu blog que desde 2013 almeja aumentar a integração do Godot com aplicativos desenvolvidos fora da engine.

Recentemente, ele alcançou um grande feito ao conseguir compilar o software de criação de jogos do Godot para rodar em um iPad e ainda adaptar a interface para uma melhor usabilidade com tela sensível ao toque no formato do dispositivo da Apple.

Agora, ele enviou um pedido de alteração para o código-fonte do Godot, visando abrir espaço para a integração de cenas independentes criadas pelo Godot em aplicativos desenvolvidos por outras vias.

Embora Miguel de Icaza não tenha discutido a aplicabilidade, é possível especular algumas possibilidades. Ao abrir o Godot para integração com outros aplicativos, poderíamos criar softwares com elementos interativos tridimensionais divertidos, sem necessariamente serem jogos. Além disso, com a crescente demanda por gamificação, facilitaria tornar aplicativos educacionais em produtos mais divertidos.

Ainda existem jogos baseados em menus com algumas cenas em 3D, geralmente baseados em mecânicas de RPG ou gerenciamento de recursos, que poderiam ser ainda mais leves e com mais possibilidades se construídos em um mix de aplicativo + Godot.

As possibilidades se tornam infinitas, conseguimos até imaginar back-ends mais complexos feitos com outras linguagens rodando por trás e interligando uma série de cenas fragmentadas feitas pelo Godot, compondo jogos mais complexos e variados do que os típicos jogos de plataforma, que são a especialidade da engine.

Caso a equipe principal de desenvolvimento do Godot aceite o pedido de alteração de Miguel, o próximo passo do desenvolvedor será permitir a integração com a linguagem Swift por meio de seu software SwiftGodotKit. Isso abrirá precedente para a integração com outras linguagens de programação.

Medium não recompensará conteúdo feito por inteligência artificial

A plataforma de publicação de conteúdo escrito, Medium, está ganhando ainda mais popularidade devido ao seu programa de parceiros, onde escritores conseguem ganhar dinheiro com seus artigos. Com o avanço das inteligências artificiais, a criação de conteúdos, mesmo que irrelevantes, tornou-se automática, e o Medium decidiu não recompensar mais esse tipo de publicação.

De acordo com o Medium, conteúdos gerados por IA não terão paywall (acesso exclusivo para pagantes) ou qualquer forma de monetização na plataforma. Além disso, os membros que publicarem esse tipo de conteúdo poderão ser excluídos do programa de parceria.

A plataforma destacou que é destinada a histórias feitas por humanos e não por inteligência artificial. Portanto, definiu políticas específicas para o uso de conteúdo gerado por IA dentro do programa de parceria. No entanto, reconhece que as inteligências artificiais podem auxiliar na escrita, principalmente em idiomas estrangeiros, portanto, o banimento se aplica apenas a conteúdos produzidos exclusivamente por IA.

A nova regra também exige que os escritores que utilizarem IA para redigir devem informar no início do texto, além de se estender a imagens feitas por IA. A publicação de conteúdos feitos por IA em blogs pessoais ainda é possível, mas com alcance e compartilhamento restritos.

Essa medida tem como objetivo criar um ambiente onde os leitores possam ter a certeza de que estão consumindo conteúdos genuinamente criados por humanos. No entanto, não se sabe ainda como essa detecção será efetuada, o que levanta questões sobre a possibilidade de uma “guerra de IAs” para tentar burlar essa detecção.

Além disso, foi mencionado que o Google adotou uma estratégia semelhante, alertando os usuários da plataforma Merchant Center sobre a marcação de anúncios feitos por inteligência artificial, visando informar os usuários sobre a origem desses conteúdos e evitar a propagação de informações imprecisas.

E você, qual é a sua opinião sobre conteúdo gerado por IA? Você se incomoda em ler textos que não foram feitos por humanos? Compartilhe sua opinião nos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus, um ambiente genuinamente humano.

Ubuntu e Debian terão o novo APT 3.0

O APT 3.0, gestor de pacotes, está prestes a ser lançado com uma interface renovada, tornando mais fácil a leitura das informações para os usuários. Já confirmado para o Ubuntu 24.10 e o Debian Tixie, vamos conferir as novidades já anunciadas para ele.

Para quem usa o terminal diariamente e prefere distribuições baseadas no Debian, o comando APT é familiar. No entanto, em comparação com outros aplicativos de terminal, o APT não oferece a melhor visualização, o que pode tornar a interpretação na tela um pouco cansativa.

Um novo design para o APT 3.0

O design do APT tem se mantido praticamente o mesmo desde os tempos do apt-get, mas Julian Andres Klode, engenheiro de software da Canonical, anunciou no LinkedIn que com o APT 3.0 haverá mudanças significativas.

Com o APT 3.0, o gestor de pacotes irá:

– Apresentar uma exibição em colunas, facilitando aos usuários observarem rapidamente o nome dos pacotes sem precisar rolar tanto a tela;
– Oferecer suporte nativo a cores, com vermelho para pacotes removidos e verde para outras mudanças, ajudando a distinguir comandos;
– Renovar a barra de progresso, utilizando blocos Unicode para mostrar um preenchimento mais suave.

As respostas fornecidas pelo APT 3.0 serão mais sucintas, com um melhor espaçamento entre as informações.

O APT 3.0 identificará o espaço de armazenamento disponível e alertará o usuário quando estiver prestes a ser excedido.

Por enquanto, foi confirmado que o APT 3.0 será o gestor de pacotes padrão do Debian 13 Trixie, com lançamento previsto entre junho e julho de 2025, assim como do Ubuntu 24.10, esperado para outubro de 2024.

Para quem estiver ansioso, já é possível testar o APT 3.0 utilizando o Debian Unstable, pois o primeiro lançamento já está disponível no repositório instável sob o nome APT 2.9.0.

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Preparado para o retorno da computação analógica?

Os ciclos da vida, da natureza e das tendências são inegáveis, e a tecnologia não foge a essa regra. Com a popularização de tecnologias relacionadas à inteligência artificial, estamos presenciando o retorno da computação analógica, que havia praticamente desaparecido nos anos 70.

A computação analógica é perfeita para resolver múltiplos cálculos complexos simultaneamente, o que a torna mais eficiente em certos casos de uso do que a computação digital, baseada na lógica binária.

No entanto, a computação digital enfrenta desafios devido ao seu próprio sucesso, como restrições em termos de processamento baseado em bits e limitações relacionadas à Lei de Moore, ao gargalo de Von Neumann e ao consumo energético.

Por outro lado, a computação analógica utiliza fenômenos físicos, como a corrente elétrica, em vez de dígitos binários, o que a torna ideal para simular condições com múltiplas variáveis, além de possibilitar o processamento dos dados onde estão armazenados, sem a necessidade de transporte para uma unidade central de processamento.

À medida que os fabricantes refinam a tecnologia e desenvolvem computadores analógicos menores e mais rápidos, a adesão a essa forma de computação deve crescer, especialmente em áreas como simulação de sistemas físicos, simulação de modelos econômicos, treinamento de inteligências artificiais, processamento em tempo real de sensores e resolução de operações matemáticas complexas.

Assim, a computação analógica tem o potencial de impactar significativamente nossas vidas, aproximando-nos de sistemas computacionais que se assemelham mais aos nossos cérebros, com processamento simultâneo de muitos dados e menor consumo de energia.